sábado, 5 de abril de 2014

Um vício que a levou a uma atitude extrema

Entenda o motivo pelo qual a jovem Carla Fernanda trocou o conforto do lar e o carinho dos pais pelas drogas e decepções sentimentais

A vendedora Carla Fernanda Andrade, de 29 anos, experimentou um cigarro de maconha aos 15 anos. Em meio ao turbilhão de emoções próprias da adolescência, ela viu o relacionamento com a família ser abalado pela rebeldia cuja razão não era evidente.
“Lembro que era uma garota vazia, complexada, frustrada profissionalmente e sentimentalmente. Frequentei religiões e nelas cheguei a cumprir alguns ritos, mas as poucas mudanças não foram positivas. A bebida alcoólica foi só o primeiro passo para buscar nas drogas um refúgio. A cada consumo eu tentava preencher o vazio que sentia. Quem olhava para mim não entendia o motivo de tanta revolta, tristeza e rebeldia, já que não me faltava nada. Mesmo com todo conforto e o carinho que recebia dos meus pais, nada estava bom, nada me agradava”, lembrou Carla.
Sentia tanta insatisfação que, aos 17 anos, ela deixou a casa da família. Longe dos pais, Carla passou a fumar crack, mas logo partiu para o consumo de cocaína e ecstasy. O consumo das drogas estava sempre associado à companhia de vários amigos e à frequência a casas noturnas.
“Foi nessa época que me afundei nas drogas, não passava nem um dia sequer sem fumar um baseado. Cheguei a me envolver com um homem mais velho porque ele me fornecia muitas drogas. Eu era depressiva, tinha dias que me trancava no quarto e não saía para nada, nem banho tinha vontade de tomar. Muitas foram as noites de sofrimento. Quando estava sem cocaína, chegava a sentir fortes dores na região da barriga (algo que acontecia por causa da abstinência). Aquela dependência era horrível. Eu via vultos constantemente e sempre tinha a impressão de que alguém estava atrás de mim. Cheguei a me prostituir para manter o vício”, disse.
Foi em uma festa que Carla conheceu um rapaz com quem passou a manter uma relação amorosa. Eles decidiram morar juntos e com isso a jovem se aproximou da mãe do namorado, o que fez a vida dela ganhar um novo rumo.
“Ela era da Universal e me convidou para conhecer o trabalho da igreja, mas, como frequentava outra religião, sempre recusava. Porém comecei a observá-la, percebi que ela era diferente, que não se abalava diante das lutas, tudo em que ela colocava as mãos dava sempre certo. Essas coisas despertaram muita curiosidade em mim. Então, um dia eu pedi para ir junto com ela à igreja. Assim que tive acesso às mensagens sobre a fé e o amor de Deus, minha visão se abriu e me lancei de cabeça. Aprendi a buscar em Deus a libertação dos vícios e consegui. Aquele vazio foi preenchido, as tristezas e angústias não fazem mais parte de mim. Hoje seguir a Deus é o meu maior prazer”, finalizou Carla. 

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