sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A justiça está em um pequeno detalhe!

justica
Frequentemente nos pegamos em meio a uma situação de injustiça, e quase que instintivamente, movidos por uma revolta incontrolável passamos a cobrar de Deus justiça. Como pode isso estar acontecendo comigo que sou cristã, temente ao Senhor, não faço mal a ninguém… por ai vai.
Os clamores e orações são carregados de argumentos favoráveis à nossa petição. Bradamos Àquele que tem o poder de mudar toda e qualquer situação nossas inúmeras virtudes, o que faz com que involuntariamente comecemos a fazer comparações entre nós e a outra parte. Em nenhum momento paramos para analisar que outro deve estar fazendo a mesma coisa.
Neste contexto o Criador se vê em uma saia justa, pois ama os dois, e nEle não há a vontade de praticar a injustiça. Imagino que Ele se pergunta: E agora? Atendo fulano ou beltrano? Esta á a razão que tem impedido que muitos de nós experimentem a saborosa experiência de ser justificado. A forma como apresentamos nossas queixas está errada. Além disso, Ele percebe em nosso íntimo que o objetivo é mostrar para os outros quem é mais forte, quem é o preferido do Todo Poderoso.
“…pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” Tiago 4: 3
A trecho bíblico a seguir vem quase que mesclado à parábola em que Jesus descreveu a situação vivida entre uma viúva e um juiz perverso. (Lucas 18: 3-9)
“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.“ Lucas 18:9 – 14
Agora entendemos que não basta apenas apresentar argumentos e justificativas, é preciso ter a motivação correta. O Reino de Deus é assim! Quem se imagina como grande coisa, na verdade, na verdade, não passa de hipócrita. Tenha a função que tiver. Ainda que devolva o dízimo rigorosamente em dia, e seja um ofertante generoso.
Fico observando que nós ainda não fizemos NADA para Jesus e ainda assim pensamos ser grandes coisas. Oh dó! Temos mais de 8 bilhões de habitantes na terra, e o simples fato de ter sido usado para levar meia dúzia ao batismo nos faz parecer o máximo. Que Deus tenha misericórdia de nós, pois essa natureza carnal fede!
Botemos nossas barbas de molho e procuremos nos apresentar ao Juíz com os argumentos e motivações corretos, cuidando, sobretudo dos pequenos detalhes, afinal são eles que nos reprovam. O publicano se achava, tanto que esqueceu que na verdade nunca foi ninguém!

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